PERFIL DO MUNICÍPIO
Dados Gerais
Área: 32,798 km²
Ano de Instalação: 29 de Abril de 1994
População Total: 4.411 hab. Est. IBGE/ 2009.
Taxa de urbanização: 71%
População urbana | População rural | Total | Taxa de urbanização |
3.118 | 1.293 | 4.411 | 71% |
Taxa de Analfabetismo: 36,2%(15 anos ou mais)
Renda per capta: R$ 3.332,00IBGE/2005
Índice de Desenvolvimento Humano: 0,611 PNUD/20005
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica: IDEB 4,4
Mesorregião: Agreste paraibano
Microrregião: Guarabira
Regional de Ensino: 2ª região.
Acesso ao município: Rodovia PB. 075
Caracterização do município
Não existem dados concretos sobre os primórdios da formação sócio-política e econômica do povoado que mais tarde viria a ser o município de Sertãozinho.
Segundo habitantes antigos, a evolução histórica do município deu-se por volta de 1884 (mil oitocentos e oitenta e quatro), com a vinda dos seus primeiros habitantes. A primeira casa a ser construída, foi a do Sr. João de Freitas Mouzinho.
A família Freitas foi a primeira a instalar-se na nova localidade. Depois outros foram se aglomerando: a família de João Barbosa, a de Manoel Dias, que juntamente com a de João de Freitas, fazendeiro que na época além de bens materiais, possuía também 18 escravos, o que para época era sinônimo de riqueza.
O primeiro nome atribuído ao povoado que ali surgia, foi Cruz dos Ratos, denominação dada devido aos caminhos encruzilhados que faziam os caçadores nas caçadas, semelhantes a caminhos de ratos. Outra versão se contradiz com a primeira, o senhor Florêncio da Paz, outro antigo morador do vilarejo, contava que tinha a ver com os primeiros comerciantes que vendiam seus produtos muito caro, ao interpelarem os compradores nos armazéns dizendo “Vocês são muito careiros, vocês são uns ratos” (SEMECS).
A construção da rede ferroviária entre 1900-1902, que ligava o estado de Pernambuco ao Rio Grande do Norte, passando pela vila, muito contribuiu para o desenvolvimento do então povoado. O engenheiro da construção o Sr Odilon ao chegar ao pequeno povoado batizou de Sertãozinho.
A origem desse nome está associada a aspectos geográficos e urbanos. A palavra Sertão – tem origem no seu clima por apresenta um clima tropical Sub-úmido e a palavra Zinho – foi atribuído ao seu tamanho.
Com a emancipação do Distrito de Duas Estradas em 22 de Dezembro de 1961, Sertãozinho foi elevada a categoria de Distrito da então cidade. Durante este tempo Sertãozinho cresceu, se desenvolveu e teve papel muito importante na vida política do município elegendo dois cidadãos para administrar o mesmo: João Felix Santa Rosa e Zacarias Maurício de Pontes. A conquista de sua emancipação veio no dia 29 de abril de 1994, através da Lei Nº 5918, assinada por Cícero Lucena Filho, sendo alterado em 27 de dezembro de 1996, pelo então governador José Targino Maranhão criando a Lei nº 6421, com determinando novos limites intermunicipais lei em vigor. A cidade permaneceria dois anos ainda sendo administrada pelo município acima citado. Além de ter as ruas Felinto Araújo e Nova Descoberta e o lado direito da rua Sabiniano Maia pertencente a Pirpirituba, anexada a cidade por fazer parte da mesma e serem praticamente dentro dela.
Depois de dois anos de sua emancipação, Sertãozinho realizaria a primeira eleição no ano de 1996, para formação do seu governo municipal que passaria a administrar o novo município a partir de 1997 da seguinte forma: o Poder Executivo seria exercido pelo Senhor Prefeito Geraldo Vieira da Silva e o Vice-Prefeito Josimar Jorge de Pontes e o Poder Legislativo pelos vereadores: Maria Aparecida Vieira, Raquel Pereira da Costa, José Campelo Sobrinho, Humberto Alves de Sena, Milton F. de Oliveira, Josivan Cardoso, Donato Pereira de Macedo, Jonildo P. Nogueira e Rosinaldo P. Nunes. A partir desta data Sertãozinho começa a construir sua própria história administrativa e evolutiva.
Segundo o Atlas Geográfico do Estado Paraibano (2003. p.18) na parte que se refere a situação e localização dos municípios, Sertãozinho está localizado na região geográfica da Depressão Sublitorânea do estado. O município ainda situa-se na Mesorregião do Agreste paraibano, mas precisamente na Microrregião homogênea de Guarabira e na região fisiográfica do Agreste e da Caatinga litorânea sendo esta uma área de transição entre o Agreste e o Brejo.
Mapa 01 – Mesorregiões Paraibanas
Mapa 02 – Mesorregiões paraibanas com
Fonte: Paraíba, Des, Econ. e a questão Ambiental com destaque o mun. de Sertãozinho/PB, adaptado por Gilvando.
Fonte: Paraíba, Des. Econ. e a questão Ambiental
Mapa 03 - Município de Sertãozinho/PB
Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Geograficamente, Sertãozinho encontra-se entre as coordenadas de 06º 45’ 05’’ de latitude sul e 35º 26’ 15’’ de longitude Oeste, com uma extensão territorial de 31,7 Km² e a uma distância de 117 KM da capital do estado. Posiciona-se numa altitude de 135 m. (Enciclopédia dos municípios, 2000, p. 56). Podemos ainda localizar o município pelos seus limites intermunicipais:
ü Ao Norte – Duas Estradas;
ü Ao Sul – Araçagi e Pirpirituba;
ü Ao Oeste – Belém e Serra da Raiz e;
ü Ao Leste – Duas Estradas.
Sertãozinho pertence a Depressão Sublitorânea, apresentando na sua formação uma superfície plana, suavemente ondulada interrompida por esporões da Borborema.
A estrutura geológica é composta por rochas do complexo cristalino datada da era pré-cambriana do período Proterozóico.
Dentre as características do sistema hidrográfico da Paraíba, o município está ligado a Bacia Hidrográfica do Rio Camaratuba, mas o mesmo não recorta seu território ocasionando uma carência hídrica no município. Riachos e açudes de pequeno porte e poços artesianos são os recursos hídricos que o município dispõe.
O clima predominante na região e no município é do tipo tropical quente passando a ter característica sub-úmido (As’), apresentando temperatura média de 26º C. O período chuvoso começa de fevereiro ou março podendo prolongar-se a junho ou julho. A média de chuvas é irregular, com precipitação pluviométrica entre 9.00 a 1.200 mm e entre os meses de agosto e janeiro está compreendido o período de estiagem.
A formação vegetal pertencente a do Agreste de floresta subcaducifólica (vegetação que se caracteriza pela queda das folhas das árvores no período seco) espécies xerófilas da caatinga (Plantas adaptadas aos ambientes áridos e semi-áridas) e algumas espécies da mata sub-úmida, destacando-se entre outras a caatinga Hipoxerófila (refere-se a caatinga arbustiva densa com poucas cactáceas). Entre as espécies dessa formação vegetal, podemos encontrar a Canafístula, o juazeiro, o mulungu e o mandacaru.
Os solos podzólicos, com acumulação de argila no horizonte B, sobre rochas cristalinas na depressão periférica e nas serras do setor semi-árido, apresentando a dominância estrutural de solo rasos e pedregosos.
Quanto a população Sertãozinhense, segundo dados do Censo Demográfico no IBGE – 2000, o município apresenta uma população de 3.444 habitantes, sendo na zona rural de 1.332 habitantes e a zona urbana 2.112 habitantes, composta de 1.697 homens e de 1.747 mulheres, representado uma taxa de 3% de crescimento populacional e densidade demográfica em torno de 108,64 hab/km².
Ao se analisar a atual rede urbana da cidade de Sertãozinho (ver foto abaixo), observamos que, o seu projeto de construção urbana apresenta ruas de perímetro irregulares. As edificações são em geral de bom aspecto e em algumas partes apresentam arborização.
Foto 01 – Vista panorâmica da Cidade de Sertãozinho/PB
Fonte: Arquivo Público da Prefeitura Municipal, 2005
Sertãozinho é um município de economia voltada basicamente para atividades rurais. A agricultura absorve ainda hoje, a maior parte do contingente populacional do município, pois grande parte da população urbana tem atividade agrícola preponderante, apesar do crescente aumento de emprego nos setores secundários e terciários.
Os cultivos agrícolas do município são praticados basicamente por pequenos agricultores, estando relacionada a cultura alimentar de subsistência, sobressaindo uma agricultura consorciada no qual destaca-se o cultivo do milho, do feijão, da batata doce, da mandioca e do inhame (lavoura de características temporária) além do cultivo de árvores frutíferas como: manga, caju, jaca (lavouras permanentes), e do urucu em grande escala, com destaque crescente para o cultivo do abacaxi. A pecuária aparece na vida econômica da população como um complemento agrícola fornecendo: o leite como consumo in natura e a carne para alimentação da mesma.
Salientamos, ainda, a atividade industrial no setor de avicultura, na produção de pintos em grande quantidade, exportadas para todo o nordeste, representado pelo incubatório da empresa Guaraves, gerando emprego a população local de forma direta e indireta. Destacamos também o emprego informal: vendedores de produtos do Paraguai, de roupas, de CDs e DVDs e produtos agrícolas, uma realidade crescente em nosso município. A maior relação comercial da população é com o comercio de Guarabira, onde compram o que não encontram na cidade e vendem os seus excedentes agrícolas. .
O município conta com duas escolas Estaduais com 800 alunos distribuídos nas modalidades da Educação Infantil, Ensino Fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA e PBA) e onze municipais com 1.804 alunos distribuídos nas modalidades da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA e PBA) na zona rural e urbana (lembrando que os dados dos alunos equivalem aos dados do ano referente a 2009). Na Assistência Social temos o CRAS que atende aos Programas Bolsa Família, PAIF, Pro Jovem, BPC (Beneficio de Prestação Continuada) e Benefícios Eventuais (como leite cesta básica e documentação como identidade e CPF). A nossa cultura tem como foco principal as festas populares como: Festas de Santos Reis, Festejos Juninos, Folclore, Jogos Estudantis, Datas comemorativas, etc. O município conta com duas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) uma para atendimentos na Zuna Urbana e outra na Zona Rural, composta por: médico, Enfermeira, Auxiliar de Enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde e duas equipes de Saúde Bucal. Educação em Saúde é um projeto em que as equipes de saúde fazem palestras em: Escolas, Associações, Praça Publica, Unidade de Saúde, etc, com palestras de ações preventivas em saúde, Projeto Saúde na Feira onde toda equipe de saúde esta reunida passando informação à população.
Na ultima semana de Setembro de 2010 no município aconteceu a culminância do Projeto.
Onde está o novo?
Junto ao encerramento do exercício 2009, o referido evento realizado pelos coordenadores para apresentação dos trabalhos e encerramento do PBA exercício 2009, com a participação dos alfabetizadores, autoridades do município e demais convidados.
COORDENADORES E SECRETARIAS E O PREFEITO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERTÃOZINHO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Programa Brasil Alfabetizado
Autora: Maria das Graças Silva
Título do Projeto: Onde está o novo?
Tema: Educação de Jovens e Adultos.
1-APRESENTAÇÃO
Ao longo da História, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje milhões de brasileiros ainda não se beneficiam do ingresso e permanência na escola. Para enfrentar esse desafio, o Ministério da educação criou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD, cujo objetivo é criar condições necessárias para formular, programar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino Fundamental. Efetivar o direito a Educação de Jovens e Adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas nos sistemas de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular, que ela prime pela qualidade, valorizando e respeitando as experiências e os conhecimentos dos educandos. A adesão ao Programa Brasil alfabetizado no município de Sertãozinho tem assumido um papel de grande relevância, possibilitando aos educadores e educandos a oportunidade de desenvolver um trabalho baseado na confiança, na coletividade e no respeito mútuo e contribuir para a erradicação do analfabetismo do Brasil.
2 – JUSTIFICATIVA
Neste projeto estaremos oferecendo a oportunidade dos coordenadores e alfabetizadores do PBA mostrar com clareza e profundidade o desenvolvimento de um tema tão importante que é o trabalho na Educação de Jovens e Adultos. O presente trabalho vem relatar experiências, sentimentos, valores, idéias, costumes e papéis sociais por meio do aprender, do fazer e das múltiplas formas de se expressar.
3 - Objetivo Geral:
· Incentivar os alfabetizadores a expressar suas idéias, conclusões e refletir sobre a sua prática pedagógica como uma atividade social que precisa ser tematizada de forma coletiva e solidária.
4 - Objetivos específicos:
· Produzir experiências que comprovem a ação de ensinar e aprender; Promover a socialização das atividades vivenciadas na sala de aula pelos alfabetizadores e alfabetizandos;
· Usar a linguagem oral e visual com eficácia, sabendo adequá-la as diferentes situações de comunicação;
· Valorizar e respeitar as diferentes variedades de produção e apresentação, considerando o nível de aprofundamento de cada um;
· Perceber-se integrante e agente transformador, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria da educação.
5 - Desenvolvimento das Atividades:
· Relatórios;
· Cartazes;
· Produções textuais;
· Poesias;
· Acróstico;
· Painel com fotos;
· Paródia;
· Dinâmica;
· Produção de slides;
· Mensagem;
· Música;
· Vídeos.
6 - Recursos:
· Papel ofício;
· Cartolina
· CD;
· DVD;
· Data Show;
· Pincel;
· Fotos;
· Maquinas Fotográfica;
· Notebook;
· Computador;
· Impressora;
7 – Cronograma:
O desenvolvimento das atividades será realizado em um período de duas semanas.
8 - Culminância:
Através de eventos organizados pelos coordenadores nos dias 25, 26 e 29 de setembro de 2010, nas Escolas Ulisses Maurício de Pontes e Vereador Manoel Cosmo de Oliveira para apresentação dos trabalhos realizados nesse projeto e o encerramento do PBA exercício 2009, com a participação dos alfabetizadores, autoridades do município e demais convidados.
9 -Avaliação:
O Projeto será avaliado pela equipe da Secretaria Municipal de Educação, valorizando a participação, interesse e a criatividade de cada coordenador e suas respectivas turmas.
10 – REFERÊNCIAS:
PCNs-Parâmetros em ação- MEC-2002
Revista do Professor-pág. 20- Novembro -2002
Coleção Cadernos de EJASECAD - MEC- 2002
